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"Campo de Batalha", Edson Gomes (1992)

  • Foto do escritor: Lucas Bonetti
    Lucas Bonetti
  • 5 de jun.
  • 2 min de leitura

Boa tarde!

Dando continuidade com as recomendações de alunos da UFBA, hoje Maria Velloso indica o álbum Campo de Batalha (1992), de Edson Gomes:


Edson Gomes é um dos maiores ícones do reggae brasileiro, combinando sua voz única e suas letras contundentes para criar músicas que transcendem gerações. Natural de Cachoeira de São Félix, Bahia, nasceu em 03 de julho de 1955 e desde cedo foi inspirado pelo reggae jamaicano e por músicas de protesto, que moldaram sua trajetória como cantor e compositor, passou por uma infância conturbada, sendo expulso de casa aos 12 anos, após demonstrar interesse em ser músico. O estilo musical de Edson Gomes mistura o reggae com elementos da música popular brasileira, samba e rock, influências de artistas como Jimmy Cliff, Bob Marley e The Wailers. Suas composições carregam a essência das questões sociais e culturais da Bahia, tornando-se trilha sonora da resistência e expressão da identidade negra, principalmente em Salvador.
O álbum Campo de Batalha, de Edson Gomes, foi lançado em 1992; sendo o terceiro álbum de estúdio do cantor, e é um dos discos mais significativos da sua carreira. Ele reúne canções com temáticas distintas, que caminham entre o reggae como parte da recreação e da reconstrução da esperança de um povo, retratada em “Dance Reggae”, ao tom introspectivo de “Ovelha”, que reflete sobre a sensação de estar perdido, sob a falta de um apoio do mundo. E em todas elas, fragmentos da realidade da população negra, de resistência, luta contra a opressão e a busca por liberdade. O álbum é um mergulho aos fatos.
Ao longo de sua carreira, Edson tornou-se ainda mais conhecido por manter a sua abordagem em temas sociais, sempre com uma sensibilidade única para tratar também do amor, que segundo ele é a maior carência da sociedade. Apesar de não lançar álbuns há mais de duas décadas, sua obra permanece viva, sendo referência de resistência e luta pela visibilidade negra no Brasil. Em Salvador, sua participação anual na República do Reggae, maior evento do gênero na América Latina, reafirma sua importância cultural e política. Edson mostra que o fazer musical ultrapassa as perspectivas técnicas de produção e se torna um ato de resistência política, sendo perceptível a sua intenção ao criar canções e levá-las para o mundo, sendo um manifesto contra as impunidades e mazelas que a população negra, por herança, é obrigada a enfrentar.

FICHA TÉCNICA

Baixo: Nengo Vieira

Metais: Fred Dantas, Joatan, Roninho

Backing Vocals: América Branco, Sueli Sodré, Virgínia

Bateria: João Teoria

Guitarra: Perinho Santana

Teclados: João Bosco

Percussão: Marco Swing

Produtor: Perinho Santana

Gravado e Mixado por: Marcelão, Perinho Santana

Gravado e Mixado no Estúdio WR, Salvador, Bahia, de Outubro a Novembro de 1991.


PAÍS

Brasil


TIPO DE SOM

Reggae


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